domingo, 31 de março de 2013

http://youtu.be/GrhvmPHraE0 Um dia dia fui a casa de minha vó e pedi os discos de ópera do meu avô, queria ouvi-los na minha vitrola. Ela pensou um pouco mas no final ela não só deu os discos de ópera, como me deixou levar os discos da minha mãe e das minhas tias que estavam com ela, pra mim e pra minha vitrola. adorei! Fui para casa doido para ouvir meus discos novos. Quando coloquei o primeiro, um universo de desfraldou perante os olhos dos meus vários meninos, sim sou mais de um, sou vários, meu nome é legião, sou geminiano. Continuando, quando nossos olhos se abriram, não via mais a vitrola azul com apenas uma caixa de som.Via cortinas imensas de veludo azuladas se abrindo e delas garças brancas aos milhares voando em meio ao um urdimento repleto de varas de luz e cenários, que subiam e desciam , com painéis com palácios, vales ao amanhecer , ninfas em meio a clareiras de bosques enluarados, salas soturnas de uma casa sombria, pintados no grosso algodão crú.E uma centena de contra-regras subindo e descendo cordas presas a roldanas e contra- pesos que moviam os cenários e toda a sorte de efeitos na cena apoteótica. Meus olhos ouviram mundos. Mas nada foi tão avassalador quanto ouvir o coro final da nona sinfonia de Beethven, e saber depois que esse trecho é denominado hino à alegria! São os 12 minutos mais destruidores que um aglomerado de moléculas como eu, pode chegar do encontro com o divino até aquele momento. Depois soube de o nazismo quis usar compositores como Beethoven e Wagner para serem os porta vozes da supremacia ariana, e apesar da supremacia publicitária nazista, suas músicas foram muito maiores do que pensamentos e desejos de grandeza medíocres e mesquinhos desses porcos que se diziam superiores. O hino da alegria, mesmo que você não entenda uma palavra de alemão, te leva para um lugar onde ainda é possível se crer na raça humana como uma só, um todo um uníssono, uma espécie enluarada, junto e misturado. Acho que nesse momento de falsos profetas que querem transformar um estado coletivo de direitos e um estado de insanidade religiosa , numa cruzada polarizada para uma visão única de mundo e divino. Penso que é tempo de lembrar de Beethoven, e da nona sinfonia; Podem querer nos transformar em manequins de loja, bejes, sem cor,sem particularidade sem diferença. Mas não importa quanto tempo isso perdure, logo depois da lua minguante vem a lua nova e com ela a cheia e e todo que não é homogênio, e sim heterôgenio, e por ser heterôgeneo e que é um TODO, limpara a maquiagem beje de manequim de loja do rosto e do corpo e colocara as cores na rua. Sim, depois de ouvir a nona sinfonia de Beethoven, eu tenho esperança. Minhas avós me ensinaram assim... BEM VINDO mês de ABRIL!